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Assunto: EDIÇÕES
Data: 22/04/2024
Lançamento de catálogo Jorge Silva Melo - Viver amanhã como hoje
Lançamento de catálogo Jorge Silva Melo - Viver amanhã como hoje
 No mês que celebra os 50 anos do 25 de Abril, a Cinemateca lança o há muito esperado catálogo sobre o trabalho no cinema de Jorge Silva Melo, num encontro marcado para 30 de abril, a partir das 17h30, na Esplanada 39 Degraus. A apresentar o livro, lembrando Jorge Silva Melo, estarão António Simão, Francisco Frazão, José Manuel Costa e Maria João Madeira numa iniciativa que decorre no contexto especial de programação do último dia do projeto FILMar, que conta com a primeira projeção pública da nova cópia digital de alta definição de Agosto (Jorge Silva Melo, 1988) às 19h, na sala M. Félix Ribeiro, em sessão de entrada livre.

Intitulado Jorge Silva Melo - Viver amanhã como hoje, o catálogo tem organização de Maria João Madeira e grafismo de Nuno Rodrigues, contando, entre os contributos originais, com textos de Luis Miguel Cintra, Miguel Lobo Antunes, João Pedro Rodrigues, João Lameira, Francisco Frazão, Bernardo Pinto de Almeida, Luís Miguel Oliveira, José Manuel Costa e Maria João Madeira. Reunindo um poema de Manuel Gusmão, uma antologia de textos de autores como o próprio Jorge Silva Melo, Paulo Rocha, Alberto Seixas Santos, João Bénard da Costa, Regina Guimarães, Rui Catalão, Sofia Areal; entrevistas conduzidas por Francisco Ferreira e Isabel Lopes Gomes e outros documentos, inclui material fotográfico inédito ou o argumento de um do projeto não realizado intitulado A Linha da Vida.
A edição foi preparada na sequência da retrospetiva que a Cinemateca dedicou a Jorge Silva Melo em duas fases por força das circunstâncias: em março de 2020, o programa foi interrompido três dias depois do começo pela pandemia Covid-19; voltou a ser organizado em maio de 2022, dois meses após o falecimento do cineasta e encenador, que acompanhou a organização da iniciativa em diálogo estreito com a Cinemateca ao longo desse tempo.

O catálogo resulta, assim, de um trabalho feito de interrupções, tal como se pode dizer do percurso de Jorge Silva Melo no cinema, iniciado em 1979-80 com as duas produções do Grupo Zero E Não Se Pode Exterminá-lo, correalizado com Solveig Nordlund, e Passagem ou A Meio Caminho, primeira das suas cinco longas-metragens de ficção. Nesse sentido, escreve José Manuel Costa, no texto de abertura do catálogo: “autor incontornável do nosso cinema, cuja obra, na sua estrutura descontínua e, em parte, injustamente limitada, nos remete também, mais uma vez, para as próprias feridas do contexto de produção, e até de exibição, de cinema em Portugal.”

Consulte aqui algumas páginas do catálogo.